Mudar a narrativa por meio de histórias globais e diversificadas

Os cinco filmes que compõem a série Small Axe acontecem em um ambiente específico: A comunidade de imigrantes das Índias Ocidentais em Londres entre o final dos anos 1960 e meados da década de 1980. No entanto, a recepção do público demonstrou que esses filmes contam histórias que podem ressoar com espectadores de todo o mundo.

“Acreditamos que a história é muito poderosa e relevante para pessoas de todo o mundo, não apenas para as pessoas no Reino Unido”, disse Ojo.

É um erro supor que as histórias devam ser locais ou globais, ou que as histórias não possam ser simultaneamente específicas e explorar verdades humanas universais. Na realidade, a criatividade e a autenticidade das grandes histórias podem alcançar um público que vai muito além do seu ambiente original. Os cinco filmes da série Small Axe jogam luz em um movimento marcante na história britânica negra, tão oportuno e relevante hoje quanto foi na sua época.

McQueen acrescenta, “O local é global. Esse é o grande gancho. Não é uma especificidade; na verdade, é algo universal, global”. Essas histórias de luta, triunfo e formação de comunidade são ao mesmo tempo específicas e universais, ecoando com qualquer pessoa que tenha lutado contra a injustiça no mundo.

Contar histórias está no coração da Amazon Studios. “Somos agitadores, somos inovadores, somos amantes de boas histórias”, disse Ojo. “E queremos apresentar isso ao maior número possível de pessoas ao redor do mundo. E para podermos fazer isso, temos que contar histórias relevantes para diferentes pessoas ao redor do mundo [...] Queremos que as pessoas ouçam histórias do mundo todo.”

É por isso que é fundamental para a Amazon Studios trabalhar com criadores talentosos como Steve McQueen e apoiar sua visão criativa. Histórias globais devem receber o apoio necessário para ajudá-las a serem ouvidas.

“Seja na criação de eventos globais capazes de se comunicar com um público global, ou na criação de programas e filmes mais específicos saídos de territórios individuais”, disse Salke, “o objetivo é o mesmo: que essas histórias cresçam fora de seu próprio território e toquem corações e mentes de pessoas em todo o mundo”.

para maximizar esse alcance significa entender como promover a história, como destacar o poder da história e se conectar com o público.

“Acreditamos que toda arte existe para mexer conosco de alguma forma”, disse Ojo. “E muito do trabalho que fazemos consiste em escavar em busca disso e tentar entender: qual é o gancho emocional disso, e o que queremos que as pessoas sintam nesse processo?”

Esse entendimento informa o marketing. “Em seu ponto mais profundo, o marketing é muito empático”, apontou Ojo. “Passamos muito tempo realmente entendendo nossos clientes [...] simplesmente para entender quem eles são.”

Os profissionais de marketing precisam conhecer seu público-alvo tão profundamente quanto conhecem seu produto para tornar a conexão com o público autêntica e atraente. Ojo acrescentou: “As campanhas e comunicações mais poderosas estão na interseção entre marca e cultura”, revelando que “os pontos de interseção mais fortes são aqueles entre o que estamos tentando dizer e aquilo com que o público realmente se importa”.

É impossível exagerar o impacto do marketing significativo, centrado em narrativas e culturalmente relevante. “O que é realmente poderoso nisso tudo é quando você se mantém fiel à comunidade e é capaz de fazê-la embarcar na jornada. Você não só os alcança enquanto clientes, mas faz deles seus defensores, o que é ainda mais poderoso”, disse Ojo.

E não são apenas os espectadores que se sentem assim; os contadores de histórias também percebem isso.

“Para quem está do lado de fora olhando para dentro”, comentou McQueen, o sucesso global de histórias como a dele pode ajudar as pessoas a perceber que podem fazer algo semelhante, contando histórias específicas que alcançam o mundo todo. Eles pensam: “'Minha nossa. Minha história também é importante'”.